Histórico da Matriz de São José - Alda Bernardes de Faria e Silva
Em 05-IV-1839 a Lei Provincial instituiu o Curato Eclesiástico de São
José do Campo Belo. Dona Silvéria Soares Lucinda, proprietária de um dos
maiores latifúndios da região. Em 1839 doou grande área de terreno em
um recanto de sua fazenda para ali se levantasse uma capela sob a
invocação de São José, padroeiro de sua família.
O
Padre Francisco de Oliveira e Silva, conseguiu fundar a Irmandade de São
José em 23-VIII-1844, mas emocionado com a empolgante beleza da extensa
planície que se desdobra ao sopé do outeiro da capela, às encostas da
Cordilheira do Itatiaia, lembrou e foi aceito por uma unanimidade que a
Irmandade deveria chamar-se IRMANDADE DE SÃO JOSÉ DO CAMPO BELO.
Pela Lei Provincial de 9-V-1844 o Curato foi elevado à
categoria de freguesia e assim se transformou em Capela Curato Igreja
Matriz.
A Matriz foi construída em 1848 e a
freguesia prosperava sob a riqueza de seus vastos cafezais que produziam
em abundância.
O governo da Província, pela Portaria de
30 de setembro de 1864, cientifica à Municipalidade, que S.M. O
Imperador, houve por bem concordar com a investidura do Padre Joaquim
Thomaz de Aquino, no alto ministério de dirigir, como vigário, a
paróquia de S. José do Campo Belo. Ao assumir esse encargo, o padre
encontrou em ruínas a Matriz da freguesia. Reclamou providências ao
Imperador. Insistiu no pedido. Afinal o Governo Provincial mandou
demolir o templo vendendo, em haste pública o material aproveitável. O
vigário alugou, para o culto divino, um prédio, por 50$000, mensais,
pagos à sua expensa. Demorada a reconstrução da igreja, o padre Aquino,
veio à imprensa, verberando o descaso oficial. O bispo tentou arrefecer a
intrepidez de seu subordinado hierárquico, na peleja em que se
empenhara. O padre resistiu aos panos quentes do diocesano e prosseguiu
nas reclamações. A matriz foi reconstruída, graças à ação tenaz do
vigário, no ano seguinte.
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