A Capela de Nosso Senhor dos Passos - Alda Bernardes de Faria e Silva
A Capela Nosso Senhor dos Passos foi iniciada no fim do século XIX,
precisamente em 1898 e concluída no início do século 20, precisamente em
meados de 1914, tendo passado por algumas reformas. A Capela foi palco
de muitas celebrações importantes, tais como, as missas em Latim,
casamentos, primeira comunhão, crismas. Havia duas plenárias laterais
para as famílias conhecidas. Os demais devotos e escravos libertos
permaneciam nos bancos frontais ao altar, que possuía uma pintura
barroca em seus afrescos, bem como santos de barros, oriundos de
Portugal, dentre os quais a imagem de Nosso Senhor dos Passos. As terras
que permeavam a Capela eram pertencentes ao Desembargador Manoel da
Rocha Leão. A construção da obra foi idealizada pela senhora Mariana da
Rocha Leão que muito religiosa fez a promessa pela recuperação do
marido. A obra arquitetônica retrata bem as novas tendências do
art-noveau. A princípio foi levantada por mãos negras do antigo regime
colonial brasileira, mais tarde, concluída, por alforriados negros e
pedreiros devotos de Campo Belo. Todo o aparato do ritual católico, em
ouro maciço, comprado pelos clérigos da época em Minas Gerais, com o
dinheiro das doações dos devotos.
Infelizmente, D. Mariana Rocha Leão não teve o êxito de ver o marido curado. Quis o Deus onipotente levá-lo para o Oriente Eterno, porém, a obra, 105 anos depois, ainda permanece intacta, mesmo sofrendo a ação corrosiva do tempo.
Infelizmente, D. Mariana Rocha Leão não teve o êxito de ver o marido curado. Quis o Deus onipotente levá-lo para o Oriente Eterno, porém, a obra, 105 anos depois, ainda permanece intacta, mesmo sofrendo a ação corrosiva do tempo.
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